sexta-feira, 12 de março de 2010

O PT não pode ser vagão de uma locomotiva que não anda, diz Flávio Dino

Durante palestra na sede do PPS, na noite desta quinta-feira (11), o pré-candidato ao governo do Estado deputado federal Flávio Dino (PCdoB) disse estar confiante na aliança com o PT para a sucessão estadual. “Como o PT vai ser vagão de uma locomotiva que não anda”, disse, referindo-se à hipótese dos petistas apoiarem a candidatura de Roseana Sarney (PMDB) e à letargia do governo da filha de Sarney.

Flávio disse discordar da tese defendida pela minoria do PT que cita como exemplo a aliança entre PMDB e PT no Piauí. Para o comunista, a diferença entre as alianças está em quem liderou o processo de mudança. No caso piauiense, o PT aliou-se ao PMDB, mas o governador é o petista Wellington Dias.

Numa crítica direta ao grupo Sarney, Flávio Dino disse não acreditar que grandes projetos, como Carajás, Alumar, Termoelétrica, refinaria sejam a salvação para o Maranhão. “Vou governar para a maioria do povo. Não vamos perseguir empresário por ser inimigo ou beneficiar por ser amigo”, alfinetou.

Ele afirmou que vai priorizar políticas que desenvolvam o estado a partir de suas potencialidades e a redistribuição de renda.

Na disputa com os sarneístas, o pré-candidato do PCdoB contabiliza como vitória o posicionamento da direção nacional do PT em respeitar a decisão a ser tomada pelos delegados estaduais da legenda e descartar a intervenção no partido. Ele disse ainda que as chances da cúpula do PCdoB nacional intervir para inviabilizar o projeto do partido no Maranhão é zero.

ALIANÇAS

Ao presidente do PPS, Paulo Matos; ao secretário-geral, Othelino Neto; à presidente do PPS/São Luís, deputada Eliziane Gama; e aos demais filiados e dirigentes, Flávio Dino reiterou o convite para o partido integrar a aliança em torno da pré-candidatura comunista. Disse respeitar a potencialidade da pré-candidatura de Altemar Lima lançada pelo partido, mas destacou as afinidades programáticas entre as legendas, que estiveram juntas no 2º turno da disputa pela prefeitura de São Luís, em 2008.

Sobre a possibilidade de não contar com o PT, Flávio Dino afirmou que este não seria fator impeditivo para a sua candidatura desde que conte com o PSB, PPS, PRB e PCB no arco de alianças e não descartou articulações visando a uma aproximação com o PSDB e PDT. “Nada é irremovível”, disse.

Flávio Dino descartou qualquer possibilidade de aliança com Roseana Sarney e PMDB e fez questão de ressaltar que em qualquer circunstância estará ao lado do ex-governador José Reinaldo Tavares (PSB). “Em política temos que ter lealdade. Sou leal e amigo do Zé Reinaldo”, enfatizou.

Do JP Online


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