Sua agenda tem um pedaço oficial e outro paralelo. No oficial, o governador terá um encontro com o ministro de Minas e Energia, Márcio Zimmermann.
No paralelo, reúne-se com parceiros de direção partidária. Vai à mesa a ‘quase-futura-talvez-quem-sabe’ candidatura presidencial de Ciro Gomes.
Ao informar sobre o naco semi-oculto da agenda do governador, o vice-presidente do PSB, Roberto Amaral, disse que Ciro não tomará parte da conversa.
Mas o que diabos pode ser decidido? “Não posso falar agora”, Amaral desconversou.
Ecoou uma incerteza que o próprio Eduardo Campos manifestara, há três dias, em Recife: "A gente não tem nada definido. Tudo é possível".
A depender da vontade de Lula, Ciro já é um ex-candidato. Para auxiliar o PSB em sua decisão, o presidente cuidou de isolar seu ex-ministro.
Ciro se segura como pode. Tomado por declarações que deu ao sítio Jangadeiro Online, o deputado ainda se considera no páreo:
“Até maio, a gente resolve essa situação, mas eu continuo e sou candidato a presidente”. Lamentou que a “mídia nacional” não o esteja levando a sério.
Perguntou-se a Ciro se o agastamento com o PT poderia conduzi-lo a uma composição com o tucano José Serra. E ele: “É mais fácil o boi voar”.
Resta agora saber o que fará o PSB. As pretendidas parcerias com PDT e PCdoB foram para o espaço. Os dois partidos aninharam-se no colo de Dilma Rousseff.
Às voltas com um projeto avulso, o PSB combinara com Lula que o futuro de Ciro seria definido em março. Depois, a coisa escorregou para abril. Agora, Ciro fala em maio.
Para utilizar a linguagem do candidato, o PSB parece esperar que a galinha crie dentes para, só então, assumir como sua uma candidatura que, hoje, é só de Ciro. E de cerca de 12% do eleitorado.
do blog do Josias
http://josiasdesouza.folha.blog.uol.com.br
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