Houve uma expansão do emprego formal
no país em fevereiro – com 260.283 novas vagas –, o que representa uma
reação no setor, destaca o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Em
contrapartida, Pernambuco perdeu 883 empregos no mês passado e o Maranhão eliminou
866 vagas. Os números são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados
(Caged), divulgado na tarde de segunda-feira (17), pelo ministério. No
acumulado de janeiro e fevereiro, o Brasil gerou 302.190 novos postos de
trabalho. Em fevereiro do ano passado, o país gerou 168.848 novos postos de
trabalho, considerando dados ajustados.
Maranhão teve quase
mil vagas a menos no mês passado
“Tal comportamento mostra uma reação
do mercado de trabalho, considerando que esta criação expressiva de empregos só
foi observada pela última vez em abril de 2011″, cita material do MTE sobre a
expansão do emprego no mês passado. Em abril de 2011 foram criadas 272.225
vagas. Com a expansão anunciada nesta segunda, fevereiro é o sétimo mês
consecutivo de desempenho superior, quando comparado ao mesmo período do ano
anterior, destaca o ministério.
O MTE ressalta também que houve
aumento em todos os setores. Em números absolutos, os destaques foram
“serviços”, com geração de 143.345 postos, saldo recorde para o período;
“indústria de transformação”, com saldo positivo de 51.951 postos em fevereiro,
o terceiro maior resultado para o mês; e “construção civil”, com saldo positivo
de 25.055 vagas.
Dentro do setor de serviços, os
destaques foram ensino, com novos 48.813 postos; serviços de alojamento e
alimentação, com geração de 36.337 vagas; e serviços de transportes e
comunicações, com 13.333 empregos novos. As instituições financeiras
apresentaram relativa estabilidade, com 113 postos de trabalho novos no mês
passado, o que não chega a ser uma má notícia, considerando que em janeiro o
segmento fechou 567 vagas.
Na indústria de transformação, houve
expansão em onze dos doze segmentos analisados. Os destaques foram a indústria
de produtos alimentícios gerou 12.587 postos, o terceiro maior saldo para o
mês; a indústria de calçados apresentou saldo positivo de 7.271 vagas e a
indústria química gerou 7.172 empregos formais. A indústria de material de
transporte foi o único ramo industrial que não elevou o nível de emprego, ao
apontar uma redução de 44 postos de trabalho, frente retração de 1.092 postos
em janeiro.
Na agricultura, que gerou 6.098
postos de trabalho no mês passado, os desempenhos positivos em destaque foram o
cultivo de frutos de lavoura permanente, exceto laranja e uva, com 3.857 vagas.
O cultivo de cana-de-açúcar, com 3.745 vagas e o cultivo de soja, com 2.857
vagas. O cultivo de laranja, entretanto, eliminou 4.797 postos de trabalho e as
atividades de apoio à agricultura enxugaram 2.251 vagas.
REGIÕES – O MTE
destaca que houve expansão do nível de emprego nas cinco regiões brasileiras.
No Sul foram gerados 79.990 postos de trabalho no mês passado. No Nordeste,
houve geração de 17.565 postos. No Sudeste foram 130.628 novos empregos no mês
passado. O Centro-Oeste apresentou 29.515 novas vagas e o Norte gerou 3.125
postos em fevereiro.
Por Unidades da Federação, o estado
de São Paulo liderou a geração de emprego no país em fevereiro, com 77.928
novas vagas. Segundo os dados do Caged, esse foi o melhor resultado para o mês
nos últimos três anos, o que representou expansão de 0,61% em relação ao
estoque de assalariados com carteira assinada do mês anterior. Tal resultado
foi oriundo principalmente da geração de empregos nos setores de serviços
(+50.756 postos), da indústria de transformação (+12.563 postos), da
administração pública (+6.545 postos) e do comércio (+6.160 postos). Santa
Catarina também foi destaque no mês passado, com novos 27.891 empregos; assim
como o Rio Grande do Sul, com 26.487 novas vagas.
Nas nove áreas metropolitanas
pesquisadas, houve geração de 94.524 postos de trabalho em fevereiro. Com
expansão em todas as cidades. Os maiores aumentos foram registrados em São
Paulo (+ 34.914 postos), Rio de Janeiro (+ 21.331), Curitiba (+ 9.507), Belo
Horizonte (+ 8.159 postos) e Porto Alegre (+ 8.020).
Fonte: O Estado de S. Paulo / Autor: Ayr Aliski
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