sexta-feira, 30 de outubro de 2009

A VISITA DA GOVERNADORA I


O Amigo Louremar Fernandes fez uma análise no seu blog sobre a visita da governadora a Bacabal.Veja no www.louremarfernandes.zip.net

A VISITA QUE A GOVERNADORA NÃO FEZ

A Governadora Roseana Sarney chegou atrasada para sua visita a Bacabal. Isso é certo. O que não é exatamente correto é o argumento de que a visita ao Pronto-Socorro foi cortada da programação por causa do tempo. O único ponto definido para os discursos foi a vila que recebeu o apelido de Graciete Lisboa. E até aí tudo estava como previsto. Exceto pela ausência de deputada cassada Graciete. Afinal é de se esperar que alguém que receba uma homenagem se faça presente. Os políticos principalmente não costumam se furtar a receber homenagens.Teria a senhora Graciete discordado do seu nome ser usado para apelidar uma obra que se arrasta em construção ao longo do tempo?

Foi nesse ínterim que chegaram as notícias sobre uma manifestação em frente ao Socorrão. Então foi mais conveniente não expor a Governadora e nem deixá-la ver que há insatisfação da população. As faixas e cartazes eram um protesto contra o Prefeito. A obra se encontra paralisada, mesmo tendo sido assinado um termo no Ministério Público, que deu um prazo de 180 dias para conclusão. O prazo termina dia 22 de novembro.

Nesses momentos é interessante mostrar o quanto o povo é importante. Bastaram alguns populares com cartazes feito de cartolina e pincel, para causar um assombro. E o que conseguiram? Modificaram até o roteiro da visita da Governadora do Estado.

O povo tem força, embora invariavelmente não conheça seus direitos e o potencial dessa força. Os políticos e administradores públicos fazem pouco caso da importância do povo. Em geral fazem uso do poder discricionário que lhes permite fazer obras e praticar seus atos, sem consultar o povo. Muitas vezes sem mesmo se importar com o tal povo.

Estou enganado ou não é exatamente isso que acontece na rua Gomes de Sousa? Lá a simples construção de uma passagem de água, um bueiro como denomina o povo, se arrasta por mais de um ano. O povo segue passando por cima de uma tábua para transpor o bueiro.

Em outro caso de evidente irrelevância da opinião popular, para os administradores, é o Socorrão. Funcionava de forma precária. Foi realizada uma inspeção sanitária e condenou o funcionamento. Como não resolveram as questões pendentes e que apresentavam sérios riscos para a população em geral, entrou em ação o Ministério Público. No dia 27 de maio foi assinado um termo de compromisso.

“O município se compromete a concluir a estrutura física, implantando e efetivando políticas de Saúde Pública para funcionamento do Hospital Socorrão de Bacabal no prazo, de 180 (cento e oitenta) dias a contar desta data”, é o que diz o termo.

Assinaram, dentre outros: Rogério Alves da Silva, advogado, Procurador Geral do Municio e a vereadora Mônica Loyola. Da assinatura do Termo para cá a recuperação do Socorrão caminhou a passos de cágado. É uma constatação feita por todos.Ontem deram uma guaribada. Passa uma tinta aqui, dá uma varrida ali. Puseram um painel do Governo do Estado logo na frente. Na frente também estava o secretário de saúde Lilio “Guega” de Sá. Tudo pronto para receber a Governadora. Mas falhou. Esqueceram de combinar com o povo. E alguém teve a idéia de fazer um protesto. E aí foi um pandemônio. O jeito foi cancelar tudo. E lá ficou, mais uma vez, o Secretário de Saúde do município longe dos holofotes da imprensa.

A governadora Roseana Sarney anunciou a aquisição de equipamentos para o pronto-socorro municipal. Resta terminarem a obra. Os equipamentos já estão garantidos. Segundo reza o Termo de Compromisso assinado perante a Promotoria Especializada de Defesa da Saúde, o não cumprimento do prazo “implicará, a titulo de penalidade o pagamento de multa diária no importe de cinco mil reais...”

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